Batalha antiga | Legislação

Fisiologia e mecanismos de ação | Mecanismos de ação 

Bê-á-bá dos ingredientes e apresentação

Formas de Apresentação | Testes de produtos | Testes de segurança | Controvérsias sobre segurança | Testes de eficácia

Manchas nos tecidos

Matérias-primas: tendências e inovações

Arinos | BASF | Cosmotec | Sarfam

Em pleno aquecimento | Aerosóis | Modernidade e tradição

Canais de vendas (dados de 2009) 

 

Batalha antiga

     O esforço para controlar o incômodo causado pelo mau cheiro nas axilas acompanha o homem através dos tempos. Há séculos, a humanidade procura formas de livrar-se do odor corporal relacionado à transpiração. As primeiras grandes civilizações deixaram vestígios da preocupação com a saúde e a higiene pessoal, por exemplo a Mesopotâmia, cujos tratados médicos já ressaltavam a importância do asseio corporal.

     Por volta de 5000 a.C., egípcios aplicavam óleos perfumados nas axilas depois de tomar banhos aromatizados. Eles também apelavam para a eliminação dos pelos das axilas e de outras partes do corpo, utilizando preparados à base de ossos de ave moídos, óleo, resina e suco de sicômoro, uma árvore encontrada em todo o Oriente Médio. Urnas funerárias egípcias mantidas desde 1905 no Museu do Louvre, na França, guardavam uma espécie de unguento perfumado, feito a partir de uma mistura de gordura animal com óleos aromáticos de cedro e de pinho – a descoberta aconteceu em 2007.

     Entre os egípcios, uma mistura perfumada, à base de cinzas ou argila, era utilizada como sabão. Para se proteger, as pessoas (incluindo os soldados, mesmo durante as guerras) untavam diariamente o corpo e os cabelos com óleos e gorduras, que também eram usados como base para cremes e pomadas. Essas misturas eram incrementadas com aromas marcantes, que se popularizaram por todo o Mediterrâneo.

    Mesmo após um grande salto na linha do tempo, já na época do Império Romano, os recursos para amenizar maus odores seguiam sem muitos progressos, com o uso de pequenas almofadas aromatizadas nas axilas, para controlar o suor e o cheiro desagradável.

     Durante a Idade Média, os árabes começaram a produzir perfumes, com aromas exóticos, que chegaram à Europa no século 12, por meio dos cavaleiros das Cruzadas. Para quem não podia usar perfumes ou talcos, apenas água e sabão garantiam o alívio contra os odores da transpiração. Foi assim até o final do século 19, momento em que se verificou um grande salto tecnológico, com a invenção do desodorante.